quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A Promessa do Natal

Não podemos compreender plenamente o significado do Natal a menos que compreendamos o significado da vida, da Expiação e da Ressurreição do Salvador.
Não consigo pensar no nascimento do Salvador sem pensar em Suas palavras para Pilatos: “Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz” (João 18:37).
Ao iniciarmos o período natalino, ponderemos as profecias das escrituras sobre o Salvador. Não se trata apenas de declarações aleatórias de coincidências, mas sim de afirmações profundas de propósito e promessa sobre Sua vida e missão e sobre o que Ele significa para cada um de nós.

Profecias de Sua Vinda

A vinda de Cristo foi predita há milênios. Cerca de 2.000 anos antes do nascimento de Jesus Cristo, Abraão ensinou sobre o papel Dele no plano da salvação. Cerca de 1.400 anos antes de Seu nascimento, Moisés ensinou as mesmas verdades maravilhosas. Cerca de 700 anos antes de Seu nascimento, Isaías revelou as circunstâncias de Seu nascimento, Sua vida e Sua morte:
“Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel” (Isaías 7:14).
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6).
“Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos. (…)
Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; (…) e pelas suas pisaduras fomos sarados. (…)
Como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.
Da opressão e do juízo foi tirado; (…)
E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca” (Isaías 53:3–5, 7–9).
Não muito tempo depois da profecia de Isaías, o profeta Leí teve um sonho profundo e ensinou à família o que aprendera. Néfi registrou: “Sim, seiscentos anos depois de meu pai ter deixado Jerusalém, o Senhor Deus levantaria um profeta entre os judeus—um Messias, ou, em outras palavras, um Salvador do mundo” (1 Néfi 10:4).
Leí também falou sobre o grande número de profetas que tinham testificado a respeito da vinda do Redentor do mundo (ver 1 Néfi 10:5).

A Promessa do Natal

O Evangelho de Lucas registra que, antes do nascimento do Salvador, Sua mãe foi visitar às pressas sua prima Isabel.
“E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo.
E exclamou com grande voz, e disse: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre” (Lucas 1:41–42).
Assim como o Espírito Santo prestou testemunho a Isabel, presta testemunho para nós do cumprimento das palavras dos profetas. O Salvador veio e realizou o trabalho que Seu Pai O enviara para fazer.
Acerca do Salvador, Néfi registrou:
“E eu olhei e tornei a ver a virgem carregando uma criança nos braços.
E disse-me o anjo: Eis o Cordeiro de Deus, sim, o Filho do Pai Eterno!” (1 Néfi 11:20–21).
Quando tinha 12 anos, o Salvador ensinou no templo. Explicou a Seus pais preocupados que estava tratando dos negócios de Seu Pai (ver Lucas 2:42–49).
Esses negócios foram levados a efeito quando Ele, em seguida, cumpriu Sua missão terrena. O Salvador descreve o ponto culminante dessa missão com estas palavras comoventes:
“Vim aos meus e os meus não me receberam. E as escrituras relativas a minha vinda cumpriram-se.
E a todos os que me receberam permiti que se tornassem os filhos [e filhas] de Deus; e o mesmo farei a todos os que crerem em meu nome, pois eis que por mim vem a redenção e em mim cumpriu-se a lei de Moisés” (3 Néfi 9:16–17).
Sua promessa de que podemos tornar-nos Seus filhos e Suas filhas se realizará quando crermos Nele e exercermos fé Nele para a obediência. Então estaremos preparados para receber o dom da vida eterna.
Ele declarou: “Eis que eu sou aquele que foi preparado desde a fundação do mundo para redimir meu povo. Eis que eu sou Jesus Cristo. (…) Em mim toda a humanidade terá vida e tê-la-á eternamente, sim, aqueles que crerem em meu nome; e eles tornar-se-ão meus filhos e minhas filhas” (Éter 3:14).

O Significado do Natal

O Natal é um momento de dar presentes, fortalecer uns aos outros e fazer nossa parte no reino de Deus. O Natal também é um momento para expressarmos nosso amor ao próximo e prestarmos testemunho do Salvador.
Uma maneira de testificarmos é termos um presépio em casa a fim de iniciarmos conversas sobre o nascimento do Senhor. Outra maneira é contar histórias como a de John Weightman em The Mansion [A Mansão].
John Weightman era um homem bem-sucedido cujas obras de caridade lhe renderam atenção e renome. Certa noite, depois de examinar uma pilha de recortes de jornal que enalteciam sua generosidade, pegou a Bíblia. Logo adormeceu, depois de ler as seguintes palavras do Salvador: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam” (Mateus 6:19).
Enquanto dormia, John encontrou-se na “cidade celestial”, viajando com pessoas que estavam ganhando mansões. Ao parar em frente de uma pequena cabana construída de materiais reciclados, o Guarda do Portão disse a John: “Esta é tua mansão”.
John protestou e citou suas muitas contribuições públicas.
“Mas elas já não foram todas registradas cuidadosamente na Terra onde te trouxeram fama?” perguntou o Guarda do Portão. “Já recebeste teu galardão por elas. Esperavas ser pago em dobro?”1
Neste período de Natal, espero que cada um de nós tenha a oportunidade de fazer doações anônimas.

Obter a Promessa

Todas as semanas, ao participarmos da ordenança do sacramento, renovamos a promessa do nascimento do Salvador em nossa própria vida. Tomamos Seu nome sobre nós e renovamos nosso convênio de obediência e nossa promessa de recordá-Lo sempre.
O evangelho, conforme registrado em Doutrina e Convênios, é este:
“Que ele veio ao mundo, sim, Jesus, para ser crucificado pelo mundo e para tomar sobre si os pecados do mundo e para santificar o mundo e purificá-lo de toda iniquidade;
Para que, por intermédio dele, fossem salvos todos” (D&C 76:41–42).
Aproveitemos este Natal para renovar nossos convênios de seguir o Salvador e de fazer Sua vontade, assim como Ele cumpriu a vontade de nosso Pai Celestial. Se assim o fizermos, as palavras do povo do rei Benjamim, registradas 125 anos antes do nascimento do Salvador, serão cumpridas para nós hoje: “Oh! Tende misericórdia e aplicai o sangue expiatório de Cristo, para que recebamos o perdão de nossos pecados e nosso coração seja purificado; porque cremos em Jesus Cristo, o Filho de Deus, que criou o céu e a Terra e todas as coisas; que descerá entre os filhos dos homens” (Mosias 4:2).
Testifico que o Salvador veio no meridiano dos tempos e que voltará. Presto testemunho de que Sua Igreja, restaurada nesta última dispensação antes de Sua Segunda Vinda, é a “obra maravilhosa e um assombro” (2 Néfi 25:17) em que nós, como santos dos últimos dias, estamos engajados.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Um Firme Alicerce para o Casamento



Em Helamã 5:12, todos os casais e todas as pessoas podem encontrar um sólido conselho para a edificação de um relacionamento matrimonial duradouro.
No final do ministério mortal de Jesus Cristo, alguns discípulos fizeram perguntas sobre os últimos dias e Sua Segunda Vinda. O Senhor mencionou algumas das condições que existiriam no mundo antes de Sua volta. As seguintes palavras são de particular interesse para o relacionamento matrimonial e familiar: “Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão. (…) E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará”. (Mateus 24:10, 12)
O Apóstolo Paulo ensinou que nos últimos dias haveria alguns que seriam “amantes de si mesmos, (…) sem afeto natural” (II Timóteo 3:2–3) e “que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência; proibindo o casamento”. (I Timóteo 4:1–3)
O Senhor revelou que estamos atualmente vivendo nos últimos dias, sim, na “décima primeira hora” (D&C 33:3), e podemos facilmente ver em nosso mundo algumas das condições que foram profetizadas, particularmente com respeito ao relacionamento matrimonial. Um relatório da Rutgers University, publicado em julho de 1999, resume a situação atual do casamento nos Estados Unidos. Parece bem evidente que existem tendências semelhantes em muitos outros países. O relatório declarou: “Algumas estatísticas sociais importantes sugerem um enfraquecimento substancial da instituição do casamento. Os americanos estão menos propensos ao casamento. Quando se casam, seu casamento é menos feliz. Os casados têm alta probabilidade de divorciarem-se. Ao longo das últimas quatro décadas, o casamento deixou de ser a principal experiência de vida em comum para os casais, não sendo mais considerado essencial para que sejam gerados filhos.” O relatório conclui: “Uma tendência há muito persistente sugere um constante enfraquecimento do casamento como união duradoura, como estágio importante no curso da vida adulta e como principal instituição que rege a geração de filhos e a maternidade e paternidade”. 1
Fomos ensinados que “o casamento foi ordenado por Deus”. (D&C 49:15) Mas diante de tais relatórios, alguns santos dos últimos dias podem perguntar-se, bem como outras pessoas do mundo, como edificar um casamento que possa sobreviver em meio ao tumulto social contemporâneo.
As boas novas são que nosso casamento pode não apenas sobreviver mas florescer, se seguirmos os princípios e ensinamentos do evangelho. As revelações, tanto antigas quanto modernas, dão-nos diretrizes que podem ajudar pessoas de todas as idades ou regiões geográficas a edificarem um casamento duradouro. Mesmo que o cônjuge não seja membro da Igreja ou seja um membro menos ativo, o marido ou a mulher ainda assim pode buscar orientação divina para a edificação de um alicerce mais forte para seu relacionamento, seguindo esses princípios.

Alicerces Seguros

Ao tentarmos garantir ou estabilizar nosso casamento, devemos em primeiro lugar analisar seus alicerces. Os arquitetos e construtores sabem que a estabilidade de um edifício depende da profundidade e da firmeza de seus alicerces.
Aqueles que construíram o Templo de Salt Lake deram-se conta da veracidade dessa declaração quando o templo estava sendo construído. O trabalho de construção do templo começou em 14 de fevereiro de 1853, mas foi interrompido por vários anos devido a problemas enfrentados pelos santos. Quando o trabalho foi retomado, os construtores descobriram que precisariam de novos alicerces. O Presidente Brigham Young (1801–1877) declarou que esperava que o templo durasse até o milênio, “e esse foi o motivo pelo qual estou ordenando que os alicerces do templo sejam removidos”. 2 Os novos alicerces, com 16 pés (4,9 m) de profundidade e 16 pés (4,9 m) de largura, eram suficientemente fortes para suportar o peso das paredes de granito e o telhado que sobre eles foram construídos.
Um firme alicerce também é essencial para que haja um relacionamento matrimonial duradouro. O marido e a mulher precisam planejar desde o início a proporcionar um firme alicerce para seu casamento. Às vezes, tal como os construtores do Templo de Salt Lake, pode ser necessário voltar ao princípio e reconstruir o casamento sobre um alicerce mais estável, e que o casal se comprometa novamente a guiar seu relacionamento pelos princípios do evangelho. No final do Sermão da Montanha, o Salvador usou a analogia dos alicerces: “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelha-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha”. (Mateus 7:24–25)
O profeta Helamã do Livro de Mórmon referiu-se ao firme alicerce sobre o qual podemos edificar nossa vida e nosso relacionamento com o cônjuge e os membros da família: “E agora, (…) lembrai-vos, lembrai-vos de que é sobre a rocha de nosso Redentor, que é Cristo, o Filho de Deus, que deveis construir os vossos alicerces; para que, quando o diabo lançar a fúria de seus ventos, sim, seus dardos no torvelinho, sim, quando todo o seu granizo e violenta tempestade vos açoitarem, isso não tenha poder para vos arrastar ao abismo da miséria e angústia sem fim, por causa da rocha sobre a qual estais edificados, que é um alicerce seguro; e se os homens edificarem sobre esse alicerce, não cairão”. (Helamã 5:12)

Princípios que Alicerçam o Relacionamento

Como seria um casamento edificado sobre a rocha de Cristo? O evangelho nos fornece muitos blocos de construção bem sólidos. Seguem-se alguns princípios a serem levados em consideração se quisermos edificar sobre o firme alicerce que sustentará não apenas nossa felicidade atual mas também a alegria eterna.
1. Guardar os mandamentos ensinados por Jesus Cristo. Um grande número de casamentos termina porque um dos cônjuges ou ambos se sentem infelizes. Como as pessoas podem ter felicidade no casamento? Somos ensinados em “A Família: Proclamação ao Mundo” que “a felicidade na vida familiar é mais provável de ser alcançada quando fundamentada nos ensinamentos do Senhor Jesus Cristo”. 3
O rei Benjamim admoestou: “E ainda mais, quisera que considerásseis o estado abençoado e feliz daqueles que guardam os mandamentos de Deus”. (Mosias 2:41) O capitão Morôni falou “da sagrada palavra de Deus, à qual devemos toda a nossa felicidade”. (Alma 44:5) E Mórmon disse a respeito dos nefitas que viviam o que o Cristo ressurreto lhes ensinara: “Certamente não poderia haver povo mais feliz entre todos os povos criados pela mão de Deus”. (4 Néfi 1:16) Nenhuma felicidade duradoura é alcançada sem obediência aos mandamentos de Deus.
A oração é um dos blocos de construção que sustentam a felicidade e a alegria duradouras. Várias escrituras incentivam os discípulos de Cristo a orarem freqüentemente. Um desses versículos é de particular importância para o marido e a mulher nos tempos atuais: “Ora sempre, para não caíres em tentação”. (D&C 31:12) Ao ajoelhar-nos juntos como marido e mulher para orar em voz alta, convidamos o Espírito Santo a permanecer ou reentrar em nossa vida. Então, quando houver momentos de tentação ou estresse, poderemos lidar melhor com eles. O Espírito Santo pode oferecer-nos consolo e colocar soluções inspiradas em nossa mente para ajudar-nos a lidar com as nossas dificuldades.
Outro bloco de construção importante é a freqüência regular às reuniões da Igreja, e onde possível, ao templo. O Senhor aconselhou: “E para que mais plenamente te conserves limpo das manchas do mundo, irás à casa de oração e oferecerás teus sacramentos no meu dia santificado”. (D&C 59:9) Os casais às vezes negligenciam a importância de freqüentarem juntos as reuniões da Igreja. Numa pesquisa feita nos Estados Unidos, descobriu-se que “as pessoas que freqüentam regularmente a igreja, independentemente de denominação, têm uma probabilidade pouco mais de um terço, ou seja, 36 por cento, menor de divorciarem-se do que as pessoas que nunca freqüentam”. 4 Os muitos benefícios de assistirmos aos serviços religiosos juntos, como marido e mulher, inclui o de tomarmos o sacramento “para que [possamos] ter sempre [conosco] o seu Espírito”. (D&C 20:77)
2. Fazer do casamento uma prioridade. A carreira, outros interesses e preocupações, e ocasionalmente até as atividades e chamados na Igreja podem relegar o cônjuge ou o casamento a uma condição secundária em nossa vida se não tomarmos o cuidado de organizar nossas prioridades de acordo com os princípios do evangelho. Em 1831, o Senhor revelou que devemos manter o casamento como uma prioridade em nossa vida. Ele declarou: “Amarás tua esposa de todo o teu coração e a ela te apegarás e a nenhuma outra”. (D&C 42:22)
Especificamente a respeito desse versículo, o Presidente Spencer W. Kimball (1895–1985) observou: “As palavras nenhuma outra eliminam todos e tudo. O cônjuge passa a tornar-se preeminente na vida do marido ou da mulher, de modo que nem a vida social nem a carreira profissional ou política nem qualquer outro interesse, pessoa ou coisa será mais importante do que o cônjuge. Às vezes encontramos mulheres que se dedicam de forma tão absorvente aos filhos em detrimento do marido, chegando até a isolá-los dele. Isso é uma violação explícita do mandamento: Nenhuma outra ”. 5
3. Perdoar com freqüência e resolver os conflitos rapidamente.Algumas pessoas acreditam que os casamentos foram predestinados no céu, mas devemos lembrar-nos de que os mortais escolhem seus companheiros. As pessoas casadas logo descobrem que seu cônjuge, como elas próprias, tem fraquezas e imperfeições. Por essa e outras razões fomos admoestados a perdoar sempre: “Portanto digo-vos que vos deveis perdoar uns aos outros; pois aquele que não perdoa a seu irmão [ou cônjuge] (…) está em condenação diante do Senhor; pois nele permanece o pecado maior. Eu, o Senhor, perdoarei a quem desejo perdoar, mas de vós é exigido que perdoeis a todos os homens”. (D&C 64:9–10)
Como é praticamente impossível que um cônjuge atenda a todas as necessidades do outro, devemos ter o bom senso de concentrar-nos em nossos pontos fortes e tentar esquecer ou prestar menos atenção a nossas imperfeições. O Profeta Joseph Smith ensinou: “Um refrão muito conhecido diz que amor gera amor. (…) Eu não dou importância às vossas faltas, nem vós dareis às minhas”. 6
Outro conceito importante para a edificação do relacionamento matrimonial sobre a rocha de Jesus Cristo encontra-se em Efésios 4:26: “Não se ponha o sol sobre a vossa ira”. Esse versículo, em particular, foi provavelmente a origem do conselho freqüentemente dado aos recém-casados: “Nunca se deite com raiva”. Minha mulher, Susan, e eu ouvimos esse conselho de um parente bem intencionado quando nos casamos. Costumo brincar dizendo que houve uma ocasião em nosso primeiro ano de casamento em que passamos quase três dias sem dormir! Muitos casais se dão conta, como nós fizemos no início de nosso casamento, que tarde da noite quando estamos cansados nem sempre é a melhor hora para resolvermos conflitos. Mas sem dúvida o espírito do conselho de Paulo aos efésios motiva-nos a resolver os conflitos rapidamente para que não persistam e cresçam ao longo do tempo. O Salvador também admoestou Seus discípulos a resolverem os conflitos rapidamente para que pudessem achegar-se a Deus com um coração puro. (Ver Mateus 5:23–24.)
4. Desfrutar atividades recreativas sadias para reduzir o estresse. A proclamação sobre a família declara que as famílias e os casamentos bem-sucedidos são edificados, entre outras coisas, com “atividades recreativas salutares”. Quando os primeiros santos estavam realizando sua jornada de 1.300 milhas (2.000 km) para o Oeste em 1847, o Senhor os admoestou a louvarem “ao Senhor com cânticos, com música, com dança” ao longo do caminho. (D&C 136:28) Uma das filhas do Presidente Young recorda que ele ensinou: “A vida é melhor desfrutada quando o tempo é dividido eqüitativamente entre trabalho, sono e recreação. Todos os homens, mulheres e crianças devem trabalhar; todos precisam dormir; e para manter o equilíbrio mental e físico, todas as pessoas devem passar um terço de seu tempo em atividades recreativas revigorantes e voluntárias, jamais na ociosidade. ‘Oito horas de trabalho, oito horas de sono e oito horas de recreação’ era o lema de Brigham Young”. 7
Muitos dos casamentos atuais terminam, em parte, pelo menos, devido ao estresse, cansaço e excesso de compromissos. O marido e a mulher podem tentar fazer demais em muito pouco tempo e sem muita oportunidade de recuperarem as forças. Conseqüentemente, o cônjuge e os membros da família ficam apenas com as sobras de tempo e atenção. Talvez seja esse um dos motivos pelos quais fomos admoestados a não correr mais do que nossas forças permitam. (Ver Mosias 4:27.) Esse conselho foi dado até para o Profeta Joseph Smith em relação a seu chamado no início de seu casamento. (Ver D&C 10:4.) A fórmula de oito-oito-oito de Brigham Young — oito horas de sono, oito horas de trabalho e oito horas de recreação (individual e juntos) — provavelmente ajudaria muitos maridos e mulheres de nossos dias.

Nossa Casa Resistirá

Temos a assistência divina para ajudar-nos a superar momentos difíceis se nossa vida estiver alicerçada na rocha de Cristo. As chuvas cairão, rios fluirão e ventos soprarão. Mas se formos obedientes e fiéis, nossa casa resistirá. Recebemos a promessa de que não seremos arrastados “ao abismo da miséria e angústia sem fim, por causa da rocha sobre a qual [estamos] edificados”. (Helamã 5:12) Temos também a promessa de que o Senhor nos guiará pela mão e responderá a nossas orações se buscarmos Sua orientação. (Ver D&C 112:10.) A revelação moderna nos ensina este interessante conceito: “Eu, o Senhor, estou obrigado quando fazeis o que eu digo; mas quando não o fazeis, não tendes promessa alguma”. (D&C 82:10) Tal como Néfi, na antigüidade, podemos ter a confiança de que se nos esforçarmos por cumprir os mandamentos do Senhor, Ele preparará um meio pelo qual possamos cumprir o que Ele nos ordenar. (Ver 1 Néfi 3:7.)
Ao edificarem sobre o alicerce dos ensinamentos de Jesus Cristo, o marido e a mulher poderão tornar seu casamento forte o suficiente para suportar as provações e tribulações que virão nestes tempos conturbados. Podemos evitar que nosso casamento naufrague, como acontece com muitos hoje em dia, se edificarmos sobre a Rocha. “E agora, (…) lembrai-vos, lembrai-vos de que é sobre a rocha de nosso Redentor, que é Cristo, o Filho de Deus, que deveis construir os vossos alicerces; (…) e, se os homens edificarem sobre esse alicerce, não cairão.” (Helamã 5:12)
Brent A. Barlow é membro da Ala Canyon View VIII, Estaca Orem Utah Canyon View.

Princípios pelos quais devemos viver

“Ao celebrar a cerimônia matrimonial de jovens casais, tenho conversado com eles sobre seu futuro e as coisas necessárias para o aprofundamento do amor. (…)
Primeiro, recomendo que guardem os convênios feitos quando se casam.
Segundo, dirigindo-me ao noivo, digo-lhe que faça sua companheira feliz. Se fizer tudo ao seu alcance para torná-la feliz, ela não pode deixar de corresponder e fazer tudo o que puder em prol de seu conforto e bem-estar.
Terceiro, ressalto a importância de esclarecerem qualquer mal-entendido que houver. Lembro- lhes que não importa quem está certo, mas sim o quê. (…)
Quarto, e muito importante, lembro-os de continuarem a amar-se mutuamente.”
Presidente N. Eldon Tanner (1898–1982), Primeiro Conselheiro na Primeira Presidência, “Casamentos Celestiais e Famílias Eternas”, A Liahona, outubro de 1980, p. 27.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Testando a Revelação

Descubra o que o Élder Dallin H. Oaks, do Quórum dos Doze Apóstolos ensina sobre o que você pode fazer para saber que as palavras do Profeta são verdadeiras. ”[Um profeta] é a autoridade que certifica que seu ensino ou orientação é de Deus. Qualquer um que duvide disso — e ninguém é desencorajado por suas dúvidas pessoais — pode confirmar a autenticidade e o conteúdo da mensagem, verificando-a na fonte oficial, por revelação."



”[Um profeta] é a autoridade que certifica que seu ensino ou orientação é de Deus. Qualquer um que duvide disso — e ninguém é desencorajado por suas dúvidas pessoais — pode confirmar a autenticidade e o conteúdo da mensagem, verificando-a na fonte oficial, por revelação. “

— Élder Dallin H. Oaks, do Quórum dos Doze Apóstolos
de “Joseph Smith em um Mundo Pessoal” (discurso proferido no Simpósio Mundos de Joseph Smith), 6 – 7 de maio de 2005.





Vida em Abundância


Com a chegada de um novo ano, desafio os membros da Igreja do mundo inteiro a empreenderem uma busca diligente e significativa pelo que chamo de vida em abundância — uma vida repleta de sucesso, bondade e bênçãos. Assim como aprendemos princípios básicos na escola, ofereço-lhes algumas sugestões que podem ajudar todos a terem vida em abundância.

Tenham uma Atitude Positiva.

O primeiro princípio que vou abordar é a atitude. William James, psicólogo e filósofo norte-americano pioneiro, escreveu: “A maior revolução de nossa geração é a descoberta de que, ao modificarem as atitudes interiores da mente, os seres humanos podem mudar os aspectos externos de sua vida”.1
Muito na vida depende de nossa atitude. O modo pelo qual decidimos encarar as coisas e agir com as pessoas faz toda a diferença. Se dermos o melhor de nós e depois optarmos por ser felizes com nossas circunstâncias, sejam quais forem, poderemos ter paz e satisfação.
Charles Swindoll — escritor, educador e pastor cristão — disse: “A meu ver, a atitude é mais importante (…) que o passado, (…) o dinheiro, as circunstâncias, os fracassos, os sucessos e o que os outros pensam, dizem ou fazem. É mais importante que as aparências, os talentos ou as aptidões. Ela pode erguer ou derrubar uma empresa, uma igreja ou um lar. O extraordinário é que podemos escolher a cada dia a atitude que adotaremos”.2
Não podemos mudar o rumo do vento, mas podemos ajustar as velas. A fim de termos o máximo de felicidade, paz e satisfação, escolhamos uma atitude positiva.

Acreditem em Si Mesmos

O segundo princípio diz respeito a crermos — em nós mesmos, nas pessoas a nossa volta e em princípios eternos.
Sejam honestos consigo mesmos, com os outros e com o Pai Celestial. Uma pessoa que só foi honesta com Deus quando já era tarde demais foi o Cardeal Wolsey que, segundo Shakespeare, dedicou uma longa vida ao serviço de três soberanos e desfrutou de riqueza e poder. Por fim, foi destituído de seu poder e de suas posses por um rei impaciente. O Cardeal Wolsey exclamou:
“Se a meu Deus eu tivesse servido com metade do zelo
que dediquei ao soberano, Ele não me teria, nesta idade,
abandonado nu diante de meus inimigos”.3
Thomas Fuller, clérigo e historiador inglês do Século XVII, enunciou esta verdade: “Quem não vive de acordo com suas crenças é porque não crê”.4
Não se considerem limitados nem permitam que os outros os convençam de que são limitados no que podem fazer. Acreditem em si mesmos e, então, vivam de modo a atingir seu potencial.
Vocês podem alcançar o que acreditam que podem. Confiem, creiam e tenham fé.

Enfrentem os Desafios com Coragem

A coragem torna-se uma virtude proveitosa e significativa quando é vista menos como a disposição de morrer bravamente e mais como a de viver dignamente.
O ensaísta e poeta norte-americano Ralph Waldo Emerson disse: “Precisas de coragem em tudo o que fizeres. Seja qual for o caminho escolhido, sempre alguém dirá que estás errado. Sempre surgirão dificuldades que te deixarão tentado a crer nos críticos. Traçar um curso e segui-lo até o fim requer a mesma coragem de um soldado. A paz tem suas vitórias, mas elas exigem homens e mulheres destemidos”.5
Haverá momentos de medo e desânimo. Pode ser que venham a sentir-se derrotados. As chances de sucesso podem parecer ínfimas. Às vezes, vocês podem sentir-se como um Davi que tenta derrotar um Golias. Mas lembrem-se de que Davi foi de fato vitorioso!
É preciso coragem para o impulso inicial rumo à meta sonhada, mas necessitamos de ainda mais coragem quando tropeçamos e temos de envidar novos esforços para vencer.
Tenham a determinação de empreender os esforços, a obstinação de lutar para atingir uma meta digna e a coragem não só de enfrentar os desafios que inevitavelmente virão, mas também de redobrar os esforços, caso necessário. “Às vezes, a coragem é aquela pequena voz ao fim do dia que diz: ‘Tentarei de novo amanhã’”.6
Tenhamos em mente esses princípios ao iniciarmos nossa jornada no ano-novo, cultivando uma atitude positiva, a crença de que podemos alcançar nossas metas e resoluções, e a coragem de enfrentar todos os desafios que porventura surgirem em nosso caminho. Então, teremos vida em abundância.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A Esperança de uma Mãe


Quando o Presidente Uchtdorf era pequeno, ele aprendeu que sua mãe era um grande exemplo de como a esperança e a fé podem superar o medo.

I Love to See the Temple (violão) ♫►




EU GOSTO DE VER O TEMPLO
Eu gosto de ver o templo
Ali eu hei de entrar
Sentir o santo espírito
Vou escutar e orar
Porque o templo é a casa do Senhor
Lugar santificado

Devo preparar-me desde já
É meu dever sagrado

Eu gosto de ver o templo
Ali eu entrarei
Com Deus farei convênios
Que obedecerei
As famílias podem se selar
Prá toda a eternidade

Agradeço ao Pai por
Me ensinar bem cedo esta verdade

 I LOVE TO SEE THE TEMPLE
 I love to see the temple.
I’m going there someday
To feel the Holy Spirit,
To listen and to pray.
For the temple is a house of God,
A place of love and beauty.
I’ll prepare myself while I am young;
This is my sacred duty.


. I love to see the temple.
I’ll go inside someday.
I’ll cov’nant with my Father;
I’ll promise to obey.
For the temple is a holy place
Where we are sealed together.
As a child of God, I’ve learned this truth:
A fam’ly is forever.




Conferência Geral de outubro de 2013

Leia, ouça as mensagens inspiradas da Conferência Geral e assista ao vídeo .