segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Uma Palavra para o Missionário Hesitante

Os discípulos de Jesus Cristo sempre tiveram a obrigação de levar o evangelho Dele ao mundo (ver Marcos 16:15–16). No entanto, às vezes é difícil abrir a boca e falar de nossa fé às pessoas a nosso redor. Embora alguns membros da Igreja tenham um dom natural para falar de religião com as pessoas, outros são um pouco hesitantes ou podem se sentir pouco à vontade, constrangidos ou até temerosos de fazê-lo.
Para isso, gostaria de sugerir quatro coisas que qualquer pessoa pode fazer para cumprir o encargo deixado pelo Salvador de pregar o evangelho “a toda criatura” (D&C 58:64).

Sejam uma Luz

Um de meus ditados favoritos, geralmente atribuído a São Francisco de Assis, declara: “Pregue o evangelho o tempo todo e, se necessário, use palavras”.1 Uma coisa que está implícita nesse ditado é a compreensão de que geralmente os sermões mais poderosos não são proferidos em palavras.
Quando temos integridade e vivemos de modo condizente com nossos padrões, as pessoas notam. Quando irradiamos alegria e felicidade, notam ainda mais.
Todos querem ser felizes. Quando nós, os membros da Igreja, irradiamos a luz do evangelho, as pessoas podem ver nossa felicidade e sentir o amor de Deus preencher nossa vida até transbordar. Elas querem saber a razão. Querem compreender nosso segredo.
Isso as leva a fazer perguntas como: “Por que você é tão feliz?” ou “Por que sempre tem uma atitude tão positiva?” A resposta para essas perguntas, é claro, conduz perfeitamente a uma conversa sobre o evangelho restaurado de Jesus Cristo.

Aprendam a Conversar

Pode parecer desanimador e até desafiador levantar assunto de religião, principalmente com nossos amigos e entes queridos. Não precisa ser assim. A menção de experiências espirituais ou um comentário sobre as atividades ou acontecimentos da Igreja em uma conversa descontraída pode ser algo fácil e agradável se lançarmos mão de um pouco de coragem e bom senso.
Minha mulher, Harriet, é um exemplo maravilhoso disso. Quando morávamos na Alemanha, ela encontrava um meio de inserir assuntos relacionados à Igreja em suas conversas com amigos e conhecidos. Por exemplo: quando alguém perguntava como tinha sido seu fim de semana, ela dizia: “Domingo passado, aconteceu uma coisa impressionante em nossa igreja! Um rapaz de 16 anos fez um lindo discurso diante de 200 pessoas de nossa congregação sobre como viver uma vida pura”. Ou “Fiquei sabendo de uma mulher de 90 anos que tricotou mais de 500 cobertores e os doou para o programa humanitário de nossa Igreja, a fim de serem enviados para pessoas necessitadas do mundo inteiro”.
Com muita frequência, as pessoas que ouvem isso querem saber mais. Fazem perguntas. E isso leva a oportunidades de falar do evangelho de modo natural, confiante e não agressivo.
Com o advento da Internet e das redes sociais, é mais fácil hoje falar dessas coisas de modo informal do que jamais foi. Simplesmente precisamos de coragem para fazê-lo.

Sejam Agradáveis

Infelizmente, é muito fácil ser desagradável. Isso acontece com muita frequência quando discutimos acaloradamente, menosprezamos e condenamos. Quando ficamos com raiva, quando somos rudes ou magoamos as pessoas, a última coisa que elas vão querer é saber mais a nosso respeito. É impossível saber quantas pessoas saíram da Igreja ou deixaram de se filiar a ela porque alguém disse algo que as magoou ou ofendeu.
Há muita falta de educação no mundo atual. Devido à anonimidade da Internet, é mais fácil do que nunca dizer algo cáustico e ofensivo online. Acaso não deveríamos nós, que pretendemos ser os discípulos do gentil Cristo, ter um padrão mais elevado e caridoso? As escrituras ensinam: “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um” (Colossenses 4:6).
Gosto do conceito de que nossas palavras sejam claras como um dia ensolarado e sempre agradáveis. Podem imaginar como nossa família, ala, nação e até o mundo seria, se pudéssemos adotar esse simples princípio?

Tenham Fé

Às vezes assumimos demasiado crédito ou nos culpamos demais no tocante à aceitação do evangelho por parte das pessoas. É importante lembrar que o Senhor não espera que efetuemos a conversão.
Isso é algo que não vem de nossas palavras, mas pela ministração celeste do Santo Espírito. Às vezes, basta uma única frase de nosso testemunho ou o relato de uma experiência pessoal para que um coração se abrande ou uma porta se abra, de modo que as pessoas possam ser conduzidas a verdades sublimes pela inspiração do Espírito.
O Presidente Brigham Young (1801–1877) disse que soube que o evangelho era verdadeiro quando “[ouviu] um homem pouco eloquente e sem talento para falar em público, que apenas conseguia dizer: ‘Eu sei, pelo poder do Espírito Santo, que o Livro de Mórmon é verdadeiro e que Joseph Smith é um Profeta do Senhor’”. O Presidente Young disse que, quando ouviu aquele humilde testemunho, “o Espírito Santo que emanava daquele indivíduo iluminou minha compreensão, revelando-me luz, glória e imortalidade”.2
Irmãos e irmãs, tenham fé. O Senhor pode magnificar as palavras que proferem e torná-las poderosas. Deus não pede que vocês convertam, mas que abram a boca. A tarefa de converter não cabe a vocês, mas, sim, à pessoa que ouve e ao Santo Espírito.

Cada Membro É um Missionário

Meus queridos amigos, atualmente há mais maneiras do que nunca para abrirmos a boca e compartilharmos com os outros as alegres novas do evangelho de Jesus Cristo. Há um meio para todos participarem desta grande obra, até mesmo para o missionário hesitante. Cada um de nós pode encontrar um meio de usar nossos próprios talentos e interesses específicos em favor da grande obra de encher a Terra de luz e verdade. Ao fazermos isso, sentiremos a alegria que recebem aqueles que são fiéis e corajosos suficientes para “servir de testemunhas de Deus em todos os momentos” (Mosias 18:9).

Ensinar Usando Esta Mensagem

Um meio eficaz de ensino é “[incentivar] as pessoas a quem ensinar a estabelecerem (…) metas que as ajudem a viver o princípio que foi ensinado” (Ensino, Não Há Maior Chamado, 2009, p. 159). Em espírito de oração, você pode incentivar as pessoas a quem você ensina a estabelecer a meta de compartilhar o evangelho com uma ou mais pessoas neste mês. Os pais podem trocar ideias sobre maneiras pelas quais os filhos podem ajudar. Você também pode ajudar os membros da família a sugerir ou encenar maneiras de abordar o evangelho numa conversa descontraída e pensar nas próximas atividades da Igreja para as quais eles podem convidar um amigo.
Jovens

Compartilhar com um Amigo

Um dia, quando estudava para minha aula do seminário, tive uma bela e nítida inspiração. Ao ler a lição do dia seguinte, vi o rosto de uma amiga da escola e tive o forte sentimento de que devia compartilhar meu testemunho com ela.
Apesar da clareza da inspiração, tive receio. Fiquei preocupada com a possibilidade de minha amiga me rejeitar, principalmente porque ela não parecia o tipo de moça que se interessaria em filiar-se à Igreja.
 Lembrei-me de um discurso da irmã Mary N. Cook, da presidência geral das Moças, no qual ela nos incentivava a ser esforçadas e valentes.1 Eu queria ser assim, por isso escrevi uma carta para aquela moça e prestei testemunho da veracidade da Igreja e do meu amor pelo Livro de Mórmon. No dia seguinte, coloquei discretamente um exemplar do Livro de Mórmon junto com minha carta na bolsa dela.
 Para minha surpresa, ela foi muito receptiva ao evangelho. A partir daquele dia, passou a me dizer o que havia aprendido em seu estudo do Livro de Mórmon. Algumas semanas depois, apresentei-lhe os missionários. Quase imediatamente, ela recebeu uma confirmação do Espírito Santo da veracidade do que estava aprendendo. Os missionários e eu choramos quando ela nos relatou os sentimentos que tivera. Minha amiga foi logo batizada, e os pais dela ficaram impressionados com as mudanças que ocorreram na vida dela.
 Fico muito feliz por ter conseguido vencer meus temores e ajudar a levar o evangelho para a vida dela.

    NOTA

  1.   1. 
    Mary N. Cook, “Nunca, Nunca, Nunca Desista!” A Liahona, maio de 2010, p. 117.
Crianças

Posso Ser uma Luz para as Pessoas

O Presidente Uchtdorf disse que para sermos uma luz para as pessoas, nossas palavras devem ser “claras como um dia ensolarado e sempre agradáveis”. Nossas palavras devem ser alegres, sinceras e bondosas. O que você pode fazer ou dizer para ser uma luz para as pessoas? Para encontrar uma mensagem oculta nos quadrinhos abaixo, pinte de cor preta os quadrinhos que digam coisas que são rudes ou ofensivas.
“Obrigado”
Ser feliz
Ser um pacificador
“Vou compartilhar com você”
Ser educado
“Desculpe”
Discutir
“Que bom ver você!”
Brigar
“Adoraria ajudar”
“Por favor”
Ser bondoso
“Saia da frente”
“Amo você”
“De nada”
Ficar zangado
“Muito bem!”
Elogiar
“Quer ser meu amigo?”
Ignorar
Ajudar alguém
Insultar
Fofoca
Maltratar alguém mais fraco
Ser gentil
Você pode escrever em seu diário cinco coisas boas que planeja dizer a familiares ou amigos.

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